Já há quatro meses que estou desempregada, confesso que não é a melhor coisa do mundo. Sempre tive preserverância e ouvi dizer que aos bons profissionais tudo lhes chega perto, mas será mesmo verdade? Eu considero-me uma boa profissional, atualizo-me, estudo constantemente e tento fazer o meu melhor todos os dias. Mesmo sem trabalhar tento dignificar sempre a minha profissão , por exemplo, ao recusar trabalhos a 2,50 euros à hora, com exploração metida pelo meio e fidelizações fingidas. Não quero parecer picuínhas ou snobe, mas trabalhos destes em lares que pedem mais de 500 euros para a incrição de um utente e abusam nas mensalidades, mas não querem dar a um enfermeiro o que ele merece por aquele trabalho, para mim, não resultam.
Acredito que assim, tenho um papel ativo na elevação desta bela profissão que é a enfermagem. Não me interpretem mal, não crucifixo quem aceita este tipo de trabalhos porque não estou no papel do outro nem sei como a é a sua vida mas, para mim, neste preciso momento tenho a sorte de conseguir recusar propostas destas.
Acredito que assim, tenho um papel ativo na elevação desta bela profissão que é a enfermagem. Não me interpretem mal, não crucifixo quem aceita este tipo de trabalhos porque não estou no papel do outro nem sei como a é a sua vida mas, para mim, neste preciso momento tenho a sorte de conseguir recusar propostas destas.
Ao longo destes longos meses fui-me deparando com algumas dificuldades, por isso, decidi escrever sobre as 5 piores coisas de estar desempregada.
1| Demasiado tempo livre.
Quando estava na faculdade sonhava com o tempo em que ficasse em casa durante uma semana a dormir e atualizar séries. Agora, olho para trás e vejo uma Inês inocente. Claro que gostaríamos todos de passar mais tempo em casa, principalmente, nos dias de chuva e frio mas, quando sabemos que ficamos em casa porque não temos nada para fazer é bastante entediante.
2| A espera desesperante.
Todo o processo de entrega de currículos, enviar candidaturas para concursos, enviar emails ou entrevistas de empregos é extenuante. Para além disso, chegar aos recursos humanos de um hospital e ver a expressão de "pena" do lado de lá é muito desencorajante.
3| Ver os colegas a conseguirem oportunidades.
Claro que fico muito feliz por saber que colegas de curso conseguiram uma oportunidade e estão atualmente a trabalhar, mas não deixo de pensar porque é que não me surge nenhuma... Faz-nos pensar: "O que é que há de errado comigo?".
4| Estar no silêncio.
Enviar currículos por email, ou via eletrónica e não obter resposta ou confirmação de receção é algo que me tira do sério. Primeiro, porque nunca tenho a certeza se a instituição recebeu efetivamente o meu email. Segundo, porque acho que é um bocadinho de mau gosto a empresa simplesmente ignorar um potencial trabalhador.
5| Querer trabalhar.
O facto de querer trabalhar e aplicar tudo aquilo que aprendi em 4 anos na minha faculdade e não ter oportunidade para tal deixa-me muito triste. Há dias melhores do que outros, mas confesso, que às vezes, deita-me mesmo abaixo. Tento sempre recordar-me que haverão dias bons e outros maus, que faz tudo parte do processo, que tenho apenas que ter paciência. Muita paciência.
O mês de dezembro, felizmente, começou com boas notícias no que toca a este meu status pois vai ser alterado, mesmo que seja apenas por poucos meses e apenas algumas horas, já é alguma coisa. Estou bastante entusiasmada! Vamos com tudo!