Sou aquele tipo de pessoas que NÃO lê o livro se já viu o filme. É algo que estabeleci desde de cedo, sinto que, vendo o filme antes de ler o livro, a minha imaginação fica de alguma forma limitada. É como se algo me impedisse de imaginar as personagens, os espaços, todo o ambiente de forma diferente.

Esta decisão impediu-me, desde cedo, de ler alguns livros que já andam na minha lista há anos. A verdade é que os filmes do Harry Potter fazem parte da minha infância. Ainda me lembro na felicidade que senti quando recebi a cassete VHS do primeiro filme: O Harry Potter e a Pedra Filosofal. Está claro que apresentarem o mundo da fantasia de Hogwarts a uma miúda de 6/7 anos com uns óculos iguais ao da personagem principal é receita para o sucesso.

Depois do último filme meti na cabeça que não podia deixar de ler os livros, já que toda a gente me dizia que eram bem melhores do que os filmes. Após 8 anos de espera com a esperança de apagar um pouco a imagem que tinha dos filmes, resolvi começar a aventura que sãos os livros do Harry Potter.

O que é que eu posso dizer? Claro que estão a superar as expectativas, está a ser tudo e mais alguma coisa daquilo que eu poderia imaginar. Todos os pormenores inerentes ao mundo de Hogwarts e às próprias personagens são de uma magia inexplicável. Resta-me continuar mergulhada neste mundo encantado. 

Quando estive em Berlim, tive a oportunidade de conhecer parte da história desta cidade ao pormenor e de visitar o campo de concentração de Sachsenhausen. Pensando bem, após esta minha viagem muitas das minhas escolhas literárias têm sido influenciadas por esta cidade. Parece que o meu insconciente me obrigada a ler e a procurar saber mais sobre o que se passou no mundo há algum tempo atrás (ainda não acredito que isto aconteceu no séc XX, no século onde eu nasci), nomeadamente relativamente ao holocausto. Decidi, então, deixar-vos a minha opinião (sem spoilers) deste livro, que li em menos de 24 horas.

Sinopse

Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.

Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver - gravando uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele - com uma tinta indelével. Era assim o processo de criação daquele que veio a tornar-se um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.

À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.

Retirada do site da wook

Opinião

Para aqueles que pretendem ler este livro com calma, durante umas semanas, deixo um aviso prévio: não vai resultar! Este livro é daqueles livros que nos agarra e não nos permite fazer mais nada. Conta a história de Lale, o tetovierer do campo de concentração de Auschwitz, que após ter de tatutar Gita com o seu número representativo dentro do campo, apaixona-se por ela.
Inicialmente, confesso que, tive algum receio que esta fosse apenas uma história de amor, mas este livro é muito mais do que isso. Relata perfeitamente o dia-a-dia das vítimas aprisionadas dentro do campo de concentração, todas as injustiças e o trabalho forçado diário. Ao ler esta narrativa revoltei-me várias vezes. Nunca irei conseguir aceitar o que aconteceu no mundo nestes terríveis negros anos. Este livro também serve para isso, para nos fazer pensar. Para refletirmos e aprendermos com o passado. Como prevenir que isto volte a acontecer? O que queremos para o futuro? 

Classificação: 4,5/5

Habitualmente, costumo ir de férias com os meus pais no final de Agosto. Todos os anos vamos para o mesmo sítio, não é que eu aprecie muito (ir sempre para o mesmo sítio) mas é o que temos e, para já, lá vamos andando. 

Na cidade para onde vou o que não pode mesmo faltar são livros! A leitura é indispensável porque, para além de ser uma ótima companhia na praia e ao longo do dia, permite-me fazer um detox de tudo o que estou habituada em minha casa: televisão com mil e um canais, internet a toda a hora, ...

João Tordo - Ensina-me a Voar Sobre os Telhados

Rosa Lobato de Faria - A Trança de Inês

Este livro é um dos meus livros favoritos. É baseado na lenda de Pedro e Inês e retrata muito bem a intemporalidade da paixão. A narrativa é feita em diversos tempos, colocando o leitor a questionar-se e a pensar relativamente àquilo que está a ler. É um livro pequeno mas com alguma exigência pois não o considero de fácil leitura, precisamente pela constante alternância de tempos da narrativa.

Como em outubro vai estrear o filme baseado neste livro, achei que esta seria a melhor altura para o reler e voltar a mergulhar nos universos que Rosa Lobato de Faria inventou.

O que acham das minhas escolhas? Conheciam estes escritores? E vocês? Leram ou estão a ler algum livro nas férias? 

FONTE IMAGEM

Em Janeiro uma das minhas primeiras publicações foi acerca deste livro: O Monge que Vendeu o Seu Ferrari (aqui). Foi um livro muito importante para mim e que me marcou de uma forma muito positiva, considero que é um daqueles livros que todos deveríamos ler a certa altura da nossa vida. Passado uns valentes meses decidi que estava na altura de partilhar o que aprendi com este livro e que frases mais me tocaram.

"Quem melhor servir, mais frutos colherá" 

- pág. 78 -

Todos nós temos uma missão, não viemos ao mundo em vão e, por isso, perseguimos durante a nossa vida os nossos sonhos e objetivos. Mas o caminho nem sempre é fácil e linear, temos de sofrer e trabalhar para ir subindo aos poucos as escadinhas até chegarmos ao topo.

"O objetivo da vida é uma vida com objetivos." 

- pág. 79 -

Uma das milhares de frases que me colocou a pensar e a refletir. Parece que foi um chamamento quando decidi ler este livro em Janeiro, estava a passar por uma fase de falta de objetivos e de algum automatismo. Sinto que necessitava de um sentido, de um novo objetivo que me fizesse andar para a frente. Este livro não me ofereceu respostas mas ofereceu-me algo muito melhor: luzes. Esta frase foi uma dessas luzes, fez-me pensar e me guiou-me por um caminho onde consegui descobrir novos objetivos.

"Os únicos limites na tua vida são aqueles que tu estabeleces."

- pág. 103 -

Perante um desafio o único obstáculo somos nós próprios. A força de vontade move montanhas e, na maior parte das vezes, se nos mentalizarmos que conseguimos e que vamos chegar lá, acabamos mesmo por chegar. Preparar a nossa mente para o desafio é indispensável na vida e aqueles obstáculos que por vezes vamos colocando à nossa frente, necessitam de ser ultrapassados. Só temos mesmo de acreditar em nós e andar para a frente.

Posso considerar que sou uma bookaholic! Passo a vida a pesquisar, folhear e comprar livros. Quando estou mais triste ou stressada tento sempre manter-me longe de uma livraria, se não é a desgraça total! Mas, por mais livros que compre tenho sempre 5 livros que vão-se mantendo na minha estante sem serem lidos. Ou é porque sai um livro que eu quero mesmo muito ler, ou porque me oferecem outro... A verdade é que estes livros habitam na minha estante há bastante tempo e merecem ser folheados. Hoje decidi partilhar esses livros com alguma esperança que em breve sejam lidos!

A leitura sempre fez parte da minha vida, sempre gostei de dar asas à imaginação através dos livros, é por isso que gosto muito mais de ler o livro do que ver o filme. Aliás, quando acabo por ver o filme de um determinado livro em primeiro lugar, já não sou capaz de pegar no livro. Sinto que depois de ver o filme a minha imgainação está muito mais restringida, em vez de ser eu a criar as minhas próprias personagens, penso nas do filme. É muito importante para mim começar a ler um livro como se fosse uma tábua rása. Quanto menos souber melhor! 

Hoje trago uma compilação dos livros que marcaram a minha infância, aqueles livros que despoletaram o meu gosto pela leitura e me deixaram com a vontade de continuar a ler cada vez mais.

Este livro foi o primeiro livro que me fez navegar na minha imaginação. No 3º ou 4º ano, na minha escola, tínhamos os momentos da leitura, em que nos deitávamos todos no chão a ouvir histórias contadas pela nossa professora. O livro que mais me recordo destes momentos é o Ulisses. Toda a história do livro conjugada com a forma como a minha professora o lia fez-me delirar com ele. Já o li milhares de vezes e, ainda hoje, é um livro a que costumo recorrer.

No 5º ano li este livro e lembro-me que foi difícil para mim entende-lo à primeira leitura. Após a segunda leitura fiquei completamente rendida. É um livro muito importante que fala da importância da proteção dos seres de uma floresta. Neste livro encontramos valores como a solidariedade e a responsabilidade mas antónimos que existem em todas as pessoas, como a vaidade e o egoísmo. 

Um livro que separa por estações merece ser lido! Fala sobre uma história de amor completamente arrebatadora e linda. Tem ilustrações ao longo do livro magníficas, que só mesmo Carybé consegue fazer! Mais um livro que descobri graças à minha professora de Português do 2º ciclo, que nos sugeriu a leitura desta história. 

"Tenho vontade de escrever e necessidade ainda maior de  desabafar tudo o que está preso no meu peito. 

O papel tem mais paciência do que as pessoas."

Este livro para além de fomentar ainda mais o meu gosto e entusiasmo pela leitura despertou em mim o gosto pela escrita. Após ler este livro comecei a escrever, escrevia sobre o meu dia, algumas histórias, momentos que achava relevantes,... 

Toda a históia da Anne Frank é chocante e uma lição de vida, a forma como ela via o mundo que a rodeava, é um testemunho incompáravel que nos relata o terror vivido pelas pessoas durante a guerra. É, sem sombras de dúvidas, um livro obrigatório para todas as pessoas, independentemente da sua idade.

O Principezinho é aquele livro que sempre que o lemos retiramos coisas diferentes. A primeira vez que li este livro, não percebi o conceito, mas também era demasiado nova, não tinha a maturidade suficiente para entender. Mais tarde quando o voltei a ler, algo se iluminou em mim. Entendi que este livro é absolutamente maravilhoso.

"O narrador da obra é um piloto com um avião avariado no deserto do Sahara, que, tenta, desesperadamente, reparar os danos causados no seu aparelho. Um bele dia os seus esforços são interrompidos devido à aparição de um pequeno príncipe, que lhe pede que desenhe uma ovelha. Perante um domínio tão misterioso, o piloto não se atreveu a desobedecer e, por muito absurdo que pareça - a mais de mil melhas das próximas regiões habitadas e correndo perigo de vida - pegou num pedaço de papel e numa caneta e fez o que o principezinho tinha pedido. E assim tem início um diálogo que expande a imaginação do narrador para todo o género de infantis e surpreendentes direções." - wook .

Este livro é um bombom com todos os recheios possíveis, sabe a arco-íris e faz-nos pensar e refletir nas nossas ações e relações com outras pessoas. 

Ler sempre fez parte de mim. Sinto-me tão bem quando o faço que, para mim, um mundo sem livros é um cenário horrível. Não gosto de dizer que gosto de determinado género de livros porque, na realidade, eu gosto de um pouco de tudo e tenho fases. Isso é bom, na minha opinião, seria chato ler sempre livros do mesmo género, acabaria por ser monótono. Resolvi fazer a tag que a  Mony Evelyn apresentou no seu blog. Está disponível para qualquer um, é só pegar e responder.

Ano novo, listas novas. No início de cada ano, tenho o hábito de me desafiar no que toca à leitura. Ouço e leio muitas vezes nas listas de desejos, o objetivo de ler mais e eu não sou excepção. A verdade é que o ano passado fui demasiado ambiciosa, propus-me a ler 12 livros e não consegui. "Um por mês. Não é assim tão difícil!" - pensei eu, mas foi. Acabei por ter de despender mais do meu tempo para a faculdade e não consegui cumprir a minha meta.