É verdade, a minha impulsividade voltou a fazer das suas mas, em minha defesa, a 1º Corrida do Dragão era algo que eu não podia mesmo perder.
Estava eu no facebook quando recebo uma notificação de uma amiga minha sobre um evento que ia acontecer no Porto em que ela diz: "Isto é mesmo a tua cara". Quando abri o link e percebi do que é que ela estava a falar pensei: "Bolas, é que é mesmo a minha cara!". Não resisti e inscrevi-me logo na corrida dos 10km. A meta dos 10 km seria apenas em dezembro, na corrida de S. Silvestre, mas eu sentia-me bem, os treinos estavam a correr bem e, por isso, nada me impedia de arriscar.
Estava eu no facebook quando recebo uma notificação de uma amiga minha sobre um evento que ia acontecer no Porto em que ela diz: "Isto é mesmo a tua cara". Quando abri o link e percebi do que é que ela estava a falar pensei: "Bolas, é que é mesmo a minha cara!". Não resisti e inscrevi-me logo na corrida dos 10km. A meta dos 10 km seria apenas em dezembro, na corrida de S. Silvestre, mas eu sentia-me bem, os treinos estavam a correr bem e, por isso, nada me impedia de arriscar.
A 2 semanas da prova, aconteceram uma série de contratempos que me fizeram ponderar a minha participação nesta corrida. Apenas na quarta-feira desta semana é que soube que podia correr, mas não nos 10 km. Quando me apercebi que não ia correr os meus primeiros 10 km na corrida do clube do meu coração fiquei bastante triste, mas pior era se não pudesse correr de todo. Por isso, enviei um email para a organização, que foi 5 estrelas, e pedi para me inscreverem na corrida dos 5 km.
Depois de me mentalizar, o ânimo voltou e o entusiasmo veio de arrasto. Sentia-me confiante ainda por cima já tinha corrido percursos mais longos. Apesar de tudo queria-me divertir, mas, o mais importante, era mesmo o meu regresso (ponderado) à corrida.
fotografias tiradas por mim
PARTIDA: 10h, Tertúlia do Dragão
Que emoção, foi ver as ruas do Porto pintadas de azul e branco, cheias de alegrias e de pessoas prontas para mexerem o esqueleto. Após o hino do Porto e das palavras do presidente, ouviu-se o sinal de partida e lá fui eu.
Tinha estudado o percurso na semana anterior, e, por isso, sabia que a primeira fase era sempre a descer. Digo-vos já que descer uma rua molhada com alguma inclinação, em paralelos, não é nada fácil. Não queria travar, queria deixar-me descer ao meu ritmo, mas ao mesmo tempo as minhas sapatilhas iam escorregando, o que me levou a ter de ter um cuidado extra nesta parte da corrida. Cheguei à ponte 25 de Abril e corri até à Corujeira. 2 km, limpinhos. Quando olhei para o meu telemóvel, reparei que estava a um ritmo um bocado elevado comparado com aquele que costumo fazer. Estava a correr a menos de 6:00/km (normalmente costumo correr de 6:00/km a 6:30/km), mas, como me sentia bem, decidi continuar. - 1º ERRO
Após dar a volta ao jardim da Corujeira, estava eu numa subida quando comecei a sentir algumas dificuldades. Ainda consegui fazer metade mas depois cedi e parei de correr. Andei cerca de 30 segundos apenas para recuperar a minha respiração que estava completamente descordenada. Voltei a correr, já com um ritmo mais habitual meu, esqueci-me foi que entre o 4º e o 5º km tinha uma subida ainda mais íngreme do que a primeira, em vez de abrandar o ritmo para poupar energia para a subida continuei a correr àquele ritmo. - 2º ERRO
Após dar a volta ao jardim da Corujeira, estava eu numa subida quando comecei a sentir algumas dificuldades. Ainda consegui fazer metade mas depois cedi e parei de correr. Andei cerca de 30 segundos apenas para recuperar a minha respiração que estava completamente descordenada. Voltei a correr, já com um ritmo mais habitual meu, esqueci-me foi que entre o 4º e o 5º km tinha uma subida ainda mais íngreme do que a primeira, em vez de abrandar o ritmo para poupar energia para a subida continuei a correr àquele ritmo. - 2º ERRO
Resultado: parei de correr pela segunda vez a meio da subida.
Parei pela segunda vez devido aos seguintes motivos: falta de confiança, medo e perda de controlo da respiração. Já não corria há uma semana, tive uns sustos e, por isso, tive medo de puxar muito pelos meus tendões de aquiles. Antes da corrrida o meu fisiatria disse-me: "Podes ir, mas quando começar a doer alguma coisa, começas a andar!". E foi isso que eu fiz. Sinceramente, não me lembro se me doía alguma coisa, mas o medo de me lesionar falou mais alto.
fotografia retirada do facebook da corrida
Lembro-me bem das duas vezes que parei, fiquei tão chateada comigo que da última vez prometi a mim mesma que não iria parar mais. Mal acabou aquela subida infernal comecei a correr e dar-lhe gás. Naquele momento esqueci-me dos tendões, do meu joelho, de controlar a respiração e, simplesmente, corri. Aproveitei e saboreei o momento. Nada me doía, os pulmões estavam a cumprir a sua função, tudo em pleno.
Quando dei conta, estava a descer a Alameda das Antas e digo-vos, olhar para baixo e ver o Estádio do Dragão, deu-me uma força que não sei explicar! Aquele último quilómetro corri com o meu coração azul e branco. Quando cheguei à meta e vi 38 min, nem quis acreditar! Já fiz 5 km em bem menos tempo, mas perante a corrida que foi e todos os percalços que tive, pensei, sinceramente, que não ia fazer o percurso em menos de 50minutos.
A verdade é que acabei a corrida, que afinal foram 6 km, em 38 minutos e 8 segundos a um ritmo médio de 6:22/km. Nada mal para quem está a começar de novo.
Todas as corridas são uma aprendizagem e, devido a esta, vi-me obrigada a confrontar os meus medos e inseguranças. Sinto-me bem e pronta para a próxima, sempre com calma mas também com a ânsia de tentar fazer cada vez melhor.
Todas as corridas são uma aprendizagem e, devido a esta, vi-me obrigada a confrontar os meus medos e inseguranças. Sinto-me bem e pronta para a próxima, sempre com calma mas também com a ânsia de tentar fazer cada vez melhor.