As temperaturas voltaram a subir e com elas aparece a vontade de visitar novos sítios, principalmente lugares fresquinhos onde possamos fazer um piquenique, ler um bom livro e passear pela natureza. Hoje trago-vos a sugestão de um lugar onde fui há pouco tempo e adorei: a mata do Bussaco situada na Serra do Bussaco.

No segundo fim-de-semana de Agosto, fui com uma das minhas melhores amiga a esta belíssima mata (a entrada com carro tem um preço de 5 euros). Chegamos à hora do almoço e fomos em direção à Fonte Fria. Queríamos aproveitar e fazer um piquenique sobre a sombra fresca das inúmeras árvores presentes na serra.

De todas as fontes existentes na Mata do Bussaco, a Fonte Fria é a obra que maior destaque tem pela dimensão aparente. É uma saída de uma nascente onde a água desce os 144 degraus da escadaria presente na fonte. Digo-vos uma coisa, almoçar com uma vista destas não é para todos!

Depois de almoço, resolvemos explorar esta famosa mata. Existem diversos trilhos que podem fazer, como conseguem verificar aqui. Nós decidimos apenas explorar arbitrariamente a própria serra, sem nenhum roteiro. O caminho é absolutamente lindo, cheio de árvores de diversas espécies e cedros de diversos tamanhos e feitios.

A meio do nosso caminho descobrimos um obra de arte: o Miradouro da Alta Cruz. Este miradouro  (situado a aproximadamente 547 metros de altitude) tem uma vista desde Souselas até Pampilhosa e, como podem ver, é uma vista completamente estarrecedora onde o céu se encontra com a terra e as nuvens têm um papel principal.

E, por fim, encontramos o Palácio Hotel do Bussaco,  mas que construção mais maravilhosa esta! Cheia de pormenor e esplendor. Este palácio real foi considerado um dos últimos legados dos reis de Portugal, tendo sido "categorizado como um dos mais belos e históricos hotéis do mundo.". A estrutura deste hotel, como podemos observar, é marcada por uma influência manuelina, presente também nos motivos do Mosteiro dos Jerónimos e nos perfis da Torre de Belém.

Foi um dia em cheio e, para acabar com a cereja no topo do bolo, antes de retornarmos ao Porto, passamos pelas nascentes do Luso e enchemos garrafões de água para trazer para casa. Foi um dia bem passado, um dia em que tive a oportunidade de conhecer mais uma pedacinho de Portugal, da história e do património arquitetónico português que é tão rico e fascinante.