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Uma Inês por aí | Madeira - 1ª dia

By Uma Inês Indisponível - junho 15, 2021

A escolha do voo foi feita com alguma estratégia. Sabia apenas 2 coisas: que queria viajar através da TAP e que queria um voo cedo. Felizmente, consegui concretizar as duas. O voo foi às 06:50, o que nos deu oportunidade de termos o resto do dia para conhecer a ilha. Decidimos que, no primeiro dia, iriamos explorar o Funchal.

Primeiro objetivo: Chegar ao Funchal para pousar as malas e tomar um belo de um pequeno-almoço.

Não sabíamos como chegar ao Funchal, após fazer algumas perguntas a funcionários do aeroporto percebi que tínhamos 2 opções: táxi ou o aerobus. Sem sombra de dúvidas que a opção mais vantajosa seria o aerobus uma vez que o preço dos táxis era assim uma quantidade exorbitante. Pagamos 5 euros (cada) pela viagem e em 30 minutos chegamos ao Funchal. Já no coração do Funchal, deixamos as nossas malas e partimos rumo a um belo de um pequeno-almoço.

Após uma pesquisa básica no tripadvisor encontramos "A Confeitaria". Mal entramos, a escolha foi rápida apesar de tudo o que se encontrava na montra ser incrivelmente apetitoso. Comemos panquecas com nutela e morangos. Ora, já que estávamos acordadas desde as 4h merecíamos um pequeno-almoço em grande! Para acompanhar ainda pedimos um café gelado que estava divinal.

Depois de abastecidas partimos rumo ao Parque de Santa Catarina que ficava praticamente em frente ao local onde ficamos. O Parque de Santa Catarina, tem uma área total de 36.000 m², foi um belo parque para iniciar o nosso percurso. Um lugar repleto de fontes, encantadoras árvores e flores, acompanhado sempre pelas belas vistas sobre a baía do Funchal.

- Parque de Santa Catarina -

O jardim tem acesso direto à Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses, talvez a avenida mais conhecida da cidade, com uma extensão de 1,3km, esta avenida é acompanhada em toda a sua extensão pelo mar e o seu nome é fruto de uma homenagem feita às comunidades madeirenses que existem espalhadas pelo mundo. Ao percorrer esta avenida conseguimos ver o Palácio de São Lourenço, a Marina do Funchal, a Nau Santa Maria de Colombo, a Praça do Povo, ...

- Nau Santa Maria de Colombo -

Para quem é fã ou apenas entusiasta, podem visitar o museu do CR7 situado perto da Marina do Funcha. Mesmo não visitando o museu a estátua do Cristiano Ronaldo que se encontra à porta do museu, é uma paragem obrigatória. Nós, infelizmente, não conseguimos visitar o museu uma vez que este se encontrava fechado devido à situação pandémica que estamos a passar no mundo.

- Estátua do Cristiano Ronaldo -

Depois de muito caminhar pela Avenida do Mar, decidimos ir visitar o Mercado dos Lavradores. O Mercado dos Lavradores, inaugurado em 1940, é outro ponto de paragem obrigatório da cidade. É um espaço repleto de cores e cheiro a fruta fresca, principalmente maracujás. Ficamos encantadas com a quantidade de maracujás existentes, acabamos por provar a maior parte deles e confesso que fiquei maravilhada com o maracujá limão, o maracujá pêssego e a pitanga, são duma doçura divinal. Os preços é que não são nadas atrativos, 20 euros/Kg é algo que nem todas as carteiras aguentam, por isso, acabamos só mesmo por provar. No mercado ainda podemos ver peixe, flores, frutos secos, ... Um bocadinho de tudo e sempre acompanhado pela simpatia dos funcionários de cada banca.

Saindo do mercado entramos na Zona Velha para observar as suas belas portas. O projeto Arte de Portas Abertas é uma iniciativa para revitalizar a zona velha do Funchal que acaba por apoiar os artistas e a arte em Portugal. Ao longo das ruas da Zona Velha podemos contemplar pinturas fantásticas e encantadoras. É também, um sítio com inúmeros restaurantes onde se pode almoçar e comer algumas iguarias típicas madeirenses.

Após nos deslumbrarmos com a Zona Velha demos de cara com a Fortaleza de São Tiago que foi construída em 1614, com a finalidade de proteger a cidade do Funchal de ataques corsários. É absolutamente encantadora e proporciona vistas maravilhosas, tal como podem comprovar.

- Fortaleza de São Tiago -

Após visitar a Fortaleza de São Tiago fomos em direção ao teleférico com o objetivo de irmos visitar o Monte Palace. Antes de embarcamos na viagem de teleférico, e como estava muito calor, decidimos parar na Esplanada Teleférico e provar uma bela brisa! E que bem que soube, uma bebida fresquinha num dia de calor intenso sabe sempre muito bem.

Baterias recarregadas, estávamos prontas para o teleférico, que faz a ligação da zona velha da cidade ao Monte em cerca de 15 minutos. Pagamos 11 euros cada pela viagem de ida, pois tínhamos o objetivo de descer nos carros típicos de cestos. A paisagem do teleférico é imprópria para quem tem vertigens, mas é absolutamente fantástica! Temos vistas priveligiadas para todo o Funchal, até conseguimos ver campos de plantação de bananas!

Depois desta bela viagem de teleférico, chegamos ao Monte, onde tudo é magnânimo e incrível. O Jardim Monte Palace ocupa uma área de cerca de 70.000 m², onde podemos admirar plantas exóticas, cisnes, patos, pavões, ... Este jardim consegue transportarmo-nos no tempo para o Mundo Oriental em breves segundos. O jardim é tão extenso que é necessário várias horas para consegui-lo ver por completo, mas vale completamente a pena! É também paragem obrigatória a Igreja de Nossa Senhora do Monte, onde se encontram os restos mortais de Carlos I da Áustria, o último imperador da Áustria.

- Monte Palace Madeira -

Depois de muito caminhar pelos jardins do Monte Palace, a viagem de regresso foi feita através dos carrinhos de cestos. Estes carrinhos têm muita história, uma vez que o seu aparecimento se deveu ao facto da necessidade de transportar as pessoas que viviam no Monte até ao Funchal. É uma experiência a não perder, completamente extraordinária! A viagem custa 30 euros/pessoa, o único senão, é que não vai até ao ponto onde apanhamos o teleférico, por isso, tivemos que ir a pé até à Avenida do Mar.

Para terminar o dia em grande, decidimos ir jantar ao restaurante O Lagar, mas antes passamos pelo Miradouro Pico dos Barcelos. Está situado na freguesia de Santo António a cerca de 355 metros de altitude. É um local onde é possível contemplar uma vista panorâmica deslumbrante sobre a cidade do Funchal, com as ilhas Desertas em segundo plano.

- Miradouro Pico dos Barcelos -

Depois de um pôr do sol fantástico seguimos para o restaurante "O Lagar", que fica em Câmara de Lobos, onde comemos algumas das especialidades desta belha ilha. Escolhemos provar a espetada, acompanhada pelo milho frito e de sobremesa, para terminar em grande, provámos o tiramisu, a tarte de requeijão e a tarte de whisky.

- Restaurante O Lagar -

E foi assim o nosso primeiro dia na Madeira, um dia em grande onde andámos cerca de 20 km e vimos coisas que nos deixaram maravilhadas, por isso, no final do dia estávamos completamente arrasadas. Depois do jantar, tomámos um belo banho e fui dormir a pensar: "Se o nosso primeiro dia foi assim, esta viagem vai ser a melhor de sempre".

Itinerário 1º dia:

informação retirada dos seguintes sites: visitmadeira.pt; visitfunchal.pt

Fotografias tiradas por mim

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Portugal

Uma Inês por aí | Madeira

By Uma Inês Indisponível - junho 06, 2021

Após mais de 1 ano sem férias, finalmente, consegui tirar 2 semanas de férias em maio. Quando percebi que teria a possibilidade de ficar de férias uns dias nesse mês fiquei um pouco apreensiva, uma vez que é um mês um pouco incerto no que toca à meteorologia. Numa conversa casual com uma amiga de faculdade percebi que ela também estaria de férias na última semana e, por isso, resolvemos aproveitar esta semana juntas. Mas reinava a indecisão de escolher um destino ideal de férias. Tínhamos apenas 1 certeza: queríamos muito fazer férias em Portugal. A hesitação acabou por dividir-se entre a Madeira e os Açores. Ela sugeriu os Açores uma vez que eu, em 2017, fui à Madeira, mas algo me chamou outra vez para esta bela ilha. Decidimos, por isso, ir visitar e passar 5 dias completos na Madeira.

Em 2017 fui à Madeira e tive uma experiência 100% madeirense. Fiquei em casa de uma amiga da faculdade e escusado será dizer que estive emersa de cultura madeirense do início ao fim. Gostei tanto da experiência que, após 4 anos, decidi que deveria voltar. Foi a melhor decisão que tomei! Com esta viagem, ainda fiquei a gostar mais da Madeira. Até costumo brincar e dizer que metade do meu coração é madeirense. Sou meia portuense, meia madeirense. Confesso que sou daquelas pessoas chatas que quando adoram uma coisa ou sítio quer partilhar com o máximo de pessoas possível. De tal modo que, regressei há cerca de 1 semana e já influenciei 3 pessoas a ir lá.

Quando faço uma viagem, para além da viagem em si, adoro a preparação para a mesma. Pesquisar locais a visitar, restaurantes, atividades, ... TUDO! E com esta não foi exceção, com a vantagem de que já conhecia alguns sítios. Fiz um roteiro com o que iríamos ver em cada dia, detalhado e com itinerário no google maps. Não gosto de me restringir apenas ao roteiro e claro que houveram alterações e isso aconteceu sem qualquer tipo de problema. Ajudou bastante a mantermo-nos organizadas e não nos esquecermos de visitar aquilo que realmente queríamos. Este roteiro já foi partilhado com algumas pessoas e todas gostaram muito e acharam útil, por isso, achei que seria pertinente ir publicando aqui neste cantinho. Assim, acabo por ter uma espécie de diário de viagem para recordar mais tarde e, quem sabe, talvez influencio mais uma ou outra pessoa a ir visitar esta bela ilha.

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Desabafos

Tolerância

By Uma Inês Indisponível - janeiro 28, 2021

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COVID-19

Ser enfermeira em tempos COVID-19

By Uma Inês Indisponível - novembro 07, 2020

Kina raportoi një rënie të rasteve me koronavirusin e ri por numri i vdekjeve të të infektuarve vazhdoi të rritet përfshirë ato të dy pasagjerëve të moshuar në një anije lundrimi në karantinë. Komisioni Kombëtar i Shëndetit në Kinë në 20 shkurt raportoi 628 raste të reja në provincën qendrore Hubei që konsiderohet epiqendra e virusit dhe 45 raste në rajone tjera. Shifrat treguan për numër më të ulët të rasteve të reja për gati një muaj përfshirë në provincën Hubei. Ndërkohë Kina tha që numri

Sou enfermeira há 2 anos, tenho muito a aprender e também já aprendi muito. O primeiro grande choque que senti foi no meu primeiro trabalho, o peso da responsabilidade abala qualquer um mas acaba por pesar mais quando se lida diretamente com saúde das pessoas. Antes, tinha uma tutora que me supervisionava e no fim do dia era ela que assumia todos os cuidados ao utente. Agora não, os meus cuidados vão assinados com o meu nome e são da minha inteira responsabilidade.

Ser enfermeira em Portugal não é fácil. Somos uma classe mal paga e muito pouco valorizada. Quando decidi escolher enfermagem não falei com ninguém sobre este assunto e, confesso, que com 18 anos não era algo que me surgia na mente. Após 4 anos de árduo estudo percebi que enfermagem, para além de uma arte, é uma ciência exigente e complexa. Ser enfermeira é estar lá sempre, do início ao fim da vida.

Prepararam-me para praticamente qualquer cenário na faculdade, estagiei na comunidade, numa medicina, cirurgia, cuidados continuados, psiquiatria, obstetrícia, cuidados intensivos, pediatria,... Mas, ao contrário do que muitos pensam, não me prepararam para o que estamos a viver neste momento. Não sabia que após 1 ano de exercício profissional ia aparecer um vírus no mundo com uma taxa de contágio brutal. Não sabia que ia ter de trabalhar com aqueles equipamentos de proteção individual que eu via nas fotografias de missões humanitária em África devido ao Ébola. Não sabia que o mundo ia passar por uma epidemia assim e que nós não iríamos estar preparados.

Gostava que, durante 10 minutos, tentassem imaginar o seguinte cenário: Turno Manhã + Tarde (12h30min). São 7h45 e hoje estou na área COVID-19, começo a equipar-me.

Desinfetar as mãos
1- Colocar a touca
2- Colocar o cobre botas

Desinfetar as mãos
3- Colocar máscara P2

Desinfetar as mãos
4- Vestir o fato

Desinfetar as mãos
5- Colocar 1º par de luvas

6- Colocar 2º par de luvas
7- Coloca viseira

No fim deste processo já são 8h, entro na área COVID-19.

Trabalho horas seguidas com aquelas camadas infernais todas. Utentes a chegar. É necessário puncionar, administrar medicação, monitorizar, posicionar, transferir, ... Temos de fazer procedimentos que, muitas vezes, já sem luvas (ou com apenas 1 par) são complicados, então imaginem com 2 pares de luvas.

Sinto o meu corpo a sobreaquecer, o suor a cair em pingas, sinto a farda a ficar encharcada e colada ao corpo. Os meus óculos começam a embaciar devido ao calor emanado. Olho para o lado e percebo que não sou a única. A minha colega está com o rosto vermelho, consigo ver as pingas de suor a escorrer-lhe pelo rosto.

Estamos todos a fazer o melhor que podemos com os recursos que temos e, mesmo assim, não somos valorizados. Não temos progressão nas carreiras, temos contratos precários, somos mal pagos, ...

E apesar disto tudo, continuamos. Somos a linha da frente do sistema nacional de saúde. "Estamos doridos, cansados e até traumatizados. Já não somos os mesmos, mas vamos à luta com os mesmos".

Ser enfermeira em Portugal não é fácil...
... em tempos COVID-19 é muito pior.

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