Para hoje, tinha agendado um texto que tinha escrito na semana passada. Um texto sobre como Março seria importante, que ia ser um mês de novas aventuras e entusiasmos. Tinha a certeza que este mês iria ser preenchido de coisas boas e felicidade.
Infelizmente, as palavras desse texto foram apagadas e não tiveram a oportunidade de serem publicadas. O mês da primavera, das flores, do renascer começou por ser o mês da morte e da indignação. A morte sempre foi algo que me indignou e, por isso, é um assunto difícil para mim. Na verdade, pensando bem, o meu problema não é com a morte porque isso é algo que ninguém consegue escapar. Desde que o ar nos entrou nos pulmões pela primeira vez, que estamos todos a caminho dela. O que mais me revolta é o cancro encurtar esse caminho, não permitir que bebés, crianças, jovens, adultos e idosos completem o seu percurso naturalmente. Revolta-me as pessoas chegarem a um ponto em que não existe mais nada a oferecer, revolta-me todo o sofrimento, revolta-me ver a cara do cancro, deste transformar famílias e destruí-las por completo. Revolta-me o friozinho na barriga sempre que ouço alguém falar dele, revolta-me esta sensação de impotência. Revolta-me estar a escrever este texto. Hoje não consigo ser positiva, não consigo ver o lado positivo da situação, porque, efetivamente não existe.
Infelizmente, as palavras desse texto foram apagadas e não tiveram a oportunidade de serem publicadas. O mês da primavera, das flores, do renascer começou por ser o mês da morte e da indignação. A morte sempre foi algo que me indignou e, por isso, é um assunto difícil para mim. Na verdade, pensando bem, o meu problema não é com a morte porque isso é algo que ninguém consegue escapar. Desde que o ar nos entrou nos pulmões pela primeira vez, que estamos todos a caminho dela. O que mais me revolta é o cancro encurtar esse caminho, não permitir que bebés, crianças, jovens, adultos e idosos completem o seu percurso naturalmente. Revolta-me as pessoas chegarem a um ponto em que não existe mais nada a oferecer, revolta-me todo o sofrimento, revolta-me ver a cara do cancro, deste transformar famílias e destruí-las por completo. Revolta-me o friozinho na barriga sempre que ouço alguém falar dele, revolta-me esta sensação de impotência. Revolta-me estar a escrever este texto. Hoje não consigo ser positiva, não consigo ver o lado positivo da situação, porque, efetivamente não existe.
10 comentários
Infelizmente conheço demasiado bem o que estás a sentir...
ResponderEliminarMuita força é o que te desejo!
Beijinhos,
MESSY GAZING
Muito obrigada!
EliminarForça*
ResponderEliminarObrigada!
EliminarInfelizmente já perdi alguém para o cancro. Rouba-nos tudo... Força para ultrapassar este momento menos bom.
ResponderEliminarÉ verdade! Destrói famílias por completo!
EliminarÉ mesmo algo que nos deixam impotentes. Não conseguimos fazer nada para pará-lo. É triste. Muito triste. Que todas as pessoas e famílias que passam ou que já passaram por isso, sejam infinitamente fortes! Beijinhos
ResponderEliminarwww.carolinafranco.pt
É verdade, é demasiado triste e injusto! Tanto para a pessoa, como para as família!
EliminarBeijinho!
Compreendo tão bem, perdi o homem da minha, o homem que me ensinou a ter a força que tenho hoje assim, por uma estúpida doença que se torna tão injusta! Passaram 16 anos e a saudade só cresce. Às vezes dou por mim a pensar que talvez a vida se tenha enganado e a revoltar-me por ter sido tão egoísta! Queria ter mais tempo de ser feliz com o meu avô do meu lado, mas sei que ele me queria a ser o melhor que conseguisse ser. Quando o vir cobro-lhe os abraços todos que me deve, sei que estará lá para mim!
ResponderEliminarUm beijinho,
piquimads
https://goasfar-asyoucan.blogspot.pt/
O cancro para mim trato o por tu porque já entrou na minha vida e já não lhe faço mordomias nenhumas sim é muito ingrato este tema minha querida mas é uma realidade! Beijinhos!
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